Nos dias de hoje continua-se a ouvir uma narrative e discurso muito masculina, muitas vezes identificado por expressões como “nunca desistas”, “não tenhas medo”, “tens que ser perfeito”, “nunca demonstres fraquezas”, “não chores”, “continua mesmo que estejas a morrer”, “não mostres fragilidades”, “tens que estar sempre no topo”, etc.
Eu não quero que fiques com a ideia que eu sou contra este tipo de narrativa. Eu não sou contra a narrativa, pois reconheço que em determinados contextos ela pode-te ajudar, e muito. O problema é que não há um maior equilíbrio entre esta exigência e o oposto deste polo (i.e., a compreensão, o entendimento, a vulnerabilidade do atleta, a demonstração da dor e sofrimento presente, etc. A mentalidade inquebrável, na minha opinião, não é verdade. Porquê? Porque somos humanos e temos falhas e todos falhamos. Ou seja, por mais que o meu ritmo esteja no “red line”, a minha performance mental e desportiva, nunca vai conseguir estar a esse nível, sempre!
Este distanciamento com a verdade do atleta e esta toxididade que a mentalidade machista gera, leva a que cada vez mais se ouça falar de saúde mental no desporto de alta competição, porque frequentemente vemos casos em que uma das coisas que mais falta é precisamente, saúde mental nos atletas, nos treinadores e nos pais dos atletas. Devido às pressões tão elevadas, o atleta não se sente confortável para mostrar um outro lado dele.
O lado humano. E quando esta dimensão é negligenciada, ela leva a todos os tipos de problemas. E eu tenho a certeza que nem tu, nem ninguém queir isto para ti. Por isso é tão importante que na alta competição, os atletas se conectem cada vez mais com o seu lado humano.
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